segunda-feira, 1 de setembro de 2014


ROUPAS QUARANDO

Tantas vezes me pego devaneando
Vou ao encontro do passado
Voo até um tempo que se mantém guardado
Antonia estendia as roupas no gramado
Para quarar, branquear
Ela tinha braços fortes
Braços de lavadeira
Trabalhou a vida inteira
Por que a guardo?
Porque ficava impressionada com seu jeito de ser
Simples, bom
Era uma mulher de fibra
Tantos afazeres, vários filhos e uma vida difícil não a assustavam
Nem o tanque, nem as bacias
Seus filhos eram suas alegrias
Parece que a ainda a vejo estendendo as roupas
Parece que a vejo

Lagrimejo

sonia delsin 

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